é nostalgia do que fomos ontem. e tudo que tenho feito é pensar em você, a cada pulso do meu coração, é a doce lembrança da sua voz; cada musica que toca no radio, é uma lembrança do que um dia você me disse, do que um dia você me fez. não dá pra enteder a vida, não dá pra entender o coração, não consigo explicar o amor, não consigo entendê-lo. agora há pouco ele não mais existia, por instantes ele não passava de palavras. procurar razões é querer viver sempre a procura de algo. direção é tudo que preciso, será tão dficil encontá-la? são tantos palpites, tantas possibilidades, tantos caminhos que me mostram... muito complicado pra mim, todos os caminhos me trouxeram até aqui, onde eu sei que já estive, onde sei que vou acabar parando denovo. é como um caminho em circulos, tentativas que não me levam a lugar algum, que me fazem percer que não vale a pena. então pra que continuar? mas também, porque desistir?eu não consigo entender, não consigo saber de nada, e tenho vivido assim há tempos. sequer procuro ser entendida, por não saber nem me explicar a ninguém. tenho ficado cada vez mais sozinha, e essa é a tendencia; as experiências me fazem ver que as pessoas não são confiáveis, e eu faço parte delas, eu não confio em mim, me desconheço tantas vezes, não poderia eu confiar em alguém que não conheço. há momentos que me sinto repugnante, despresível, inútil; é quando me pergunto pra que eu sirvo, pra que eu existo. eu faço tanta coisa errada, machuco pessoas que amo, falo coisas que não devo, vivo tomando atitudes que não me fazem bem. me falaram que isso é crescer, que se aprende com os erros, e todas essas frases que todo mundo já conhece; então garanto que acabarei sendo uma das pessoas que mais entende da vida um dia, por saber que não faço mais nada além de errar. ao menos são erros diferentes; seria bom, se não fossem também dores diferentes... quando a gente pensa que tá acostumada a sofrer, sempre há uma dor maior, isso é agonizante.enfim, a merda da vida é feita disso, e a tendência é piorar cada vez mais, até que um dia a suposta felicidade apareça. e nessa espera eu vou seguindo pra qualquer lugar (nenhum lugar).
"minha melhor fase", aquela em que eu era feliz, e sabia! tudo era tão mais simples, os dias eram tão mais coloridos... os invernos eram mais vivos, as primaveras mais bem aproveitadas; meu sorriso parecia uma constante, e os únicos motivos de lágrimas era por não poder ficar na rua até tarde, ou por não ficar o dia todo na casa da coleguinha, por não ter pra comprar mais chocolate, por não poder beber o refrigerante muito gelado. como isso me deixava com raiva, porque eu não era como meus irmãos, porque eu não era grande? mas logo eu esquecia disso, e voltava a sorrir, a correr, brincar. não havia melhor versão de felicidade, pra mim, ainda não há. não precisava guardar a minha dor, porque ela simplesmente não havia; não precisava fingir ser algo que não sou, pois eu era o que havia de melhor. minha melhor fase, que passou assim, tão rápido. tive que me acostumar cedo com falsidades, tive que aprender a lidar com tanta gente mesquinha, desde criança, tive que aprender a passar por cima das palavras duras, dos olhares tortos. eu nunca fui a "lider" de nada, sempre me colocaram pra baixo, sempre era "a feia", a "baixinha", a "cabelo de tuim",a "maria-homem", a "magricela", aquela que poucos queriam ser amigos, e que era motivo de zuação. sempre fui de ter poucos amigos, mas aprendi a valorizar essas poucas amizades desde cedo. fui crescendo e as pessoas ao meu redor foram mudando também, acabei fazendo mais amigos, e acabei também pensando que tava fazendo amigos, quando eles eram qualquer coisa, menos isso; mas foi assim que fui aprendendo, e endurecendo também. essa é a pior parte, quando a gente começa a se acostumar com os tombos, quando se ferir se torna um hábito. mesmo assim continuei, persisti, e é o que tenho feito até hoje. sinto falta do que fui, sinto falta de como as coisas eram mais simples, de como um problema era solucionado tão facilmente, mesmo aparecendo outro depois. mas a gente cresce e aprende que as feridas não saram com o beijinho do papai, que minha mãe não vai cantar pra eu dormir o resto da vida.
sentir saudades. é assim, como uma brisa que me vem, que bate e fica. vem do nada, e traz a sensação de vazio, sei lá, dificil pra mim, explicar, só consigo sentir. as lembranças ficam mais vivas, a esperança fica maior, a expectativa se torna tão grande; mas a dor é capaz de tornar-se matéria. sentir saudades aperta o peito, talvez como se algo tivesse penetrando o coração, encravando, forte. dói de verdade, quando se sente falta de algo, de alguém que não se pode abraçar... um abraço talvez fosse tudo que eu precisasse. nessas horas em que eu só precisava desabafar, falar e saber que há alguém ouvindo, prestando atenção; mas não há ninguém agora, e eu fico aqui, falando pra ninguém, falando pra mim mesma.pior que sentir saudades do que se teve, é sentir saudade do que não foi, saudade do que sequer virá. sinto falta disso, sinto saudades do meu futuro (meu sonhado futuro - meu futuro que não virá), sinto saudades do que não terei, de quem não terei comigo, e mesmo sabendo, continuo sentindo. saudades não são controláveis, saudades são espontâneas, são traiçoeiras. quando eu penso que esqueci, volto a sentir falta, é sempre assim, quando se pensa que não há mais vestígios, ela se mostra. tenho saudade do que não quero, do que tento acreditar que não existe, do que fico tentando apagar de mim; talvez a saudade seja mesmo imortal, sei lá, talvez mais que o amor; é pode ser.
"depois de você, os outros são os outros, e só."estarei com você mesmo que não queira. você faz parte da minha vida, faz parte de mim. o bem que você me fez, a pessoa que você me tornou, o que eu aprendi com você, é algo que levarei comigo pra onde eu for, incondicinalmente, e isso é algo que não morrerá. a cada vez que eu crescer, a cada passo que eu der, lembrarei de você, das coisas que um dia você me disse, das coisas que você me fez enchergar; talvez você nem saiba, mas por você, eu tento ser uma pessoa melhor a cada manhã, tento ser alguém que se preze, tento servir pra algo, senrvir a alguém. ninguém no mundo nunca me fez tão bem, e eu nunca errei com alguém como errei com você; como eu aprendi com isso. e minha vida tem sido assim, tão estranha; quando penso que as coisas passaram, sempre me vem a lembrança do que você foi pra mim, não que eu te queira de volta, não me acho sequer no direito de te querer, mas é que sempre me vem a vontade de te agradecer, assim, como uma obrigação; queria ter sido pra você o que você foi pra mim, mas não consegui ser assim, perfeita; passei longe disso. passado é algo que não se deve desenterrar, tocar na ferida é covardia; mas você está em mim, sem querer, sem perceber. lembrarei do que você foi sempre, isso é fato, pouco tempo, poucas coisas, muito pra mim, o suficiente pra não morrer.verdades, momentos, sorrisos, erros, tristeza, perda, dor, aprendizado. "eu tenho mil amigos, mas você foi o meu melhor namorado."
eu não vou cansar de dizer como a vida é estranha, como ela é cheia de artimanhas pra nos testar, sei lá, seria um teste? sei lá.uma das minhas melhores amigas - SIM, MELHORES AMIGAS - foi embora pra tão longe, e só de pensar em ficar sem ela, já me dá tanta saudade. é tão estranho, como a gente era antes, como a gente é agora... tanto que se torna até engraçado. nunca imaginei o tamanho da importância que ela teria pra mim, tanto, que se tornou essencial. tantos momentos que vivemos... tantas gargalhadas, desentedimentos, caxassas, micos, barracos, desabafos, lágrimas, consolos... vivemos tanta coisa juntas, tanto que guardarei comigo, tanto dela que levarei onde for. a gente cresceu tanto, uma do lado da outra, e isso talvez seja a melhor forma de lembrar de alguém. lembrarei dela a cada vez que me controlar quando sentir vontade de descontar minha raiva em alguém;a cada vez que for comer na tapioca;a cada vez que beber coca-cola no café da manhã; sempre que não tiver grana pra sair; toda vez que agir como criança no meio da rua; sempre que eu começar a agir como uma retardada, vou lembrar do quanto ela ODEIA isso; sempre que eu for numa rave que não prestar;sempre que desconfiar de coisas baratas demais;toda vez que eu ver a nadinha :B, né? gdyausgduysagds;a cada topada que eu levar;toda vez que tocar alquela musica "eeeu seeei, tudo pode acontecer", vai me dar vontade de dançar no meio da rua;sempre que eu ver o carro do pão;sempre que eu ver alguém agindo como uma baixa renda;lembrarei da sua cara de quem não entendeu nada, quando alguém falar algo complicado demais;lembrarei do sorriso que ela me arranca assim, espontaneamente;da raiva que ela me faz assim, também sem esforço algum;e da raiva que ela já me fez setir de mim mesma, com suas artimanhas de manipular um ser humano;sentirei falta das nossas bobagens;sentirei tanta falta das nossas madrugadas sem nada pra fazer, apenas não fazendo nada, e ainda assim, se divertindo;sentirei falta das nossas promessas não cumpridas;das nossas apostas retardadas;sentirei saudades das nossas fomes fantasmas;dos nossos gritos, das nossas danças, dos nossos pulos, das nossas aventuras...sentirei tanta falta disso, muita mesmo.
"mesmo quando não estiver ao seu lado, pensarei em você, estarei com você. nos dias de primavera, quando do nada você sentir uma brisa forte passar, serei eu, indo a você pra te dar um abraço; nos dias de verão, quando chover forte, sou eu querendo estragar seu dia; nos dias de inverno, quando amanhecer com vestígios do sol, sou eu te dando força pra acreditar num dia bom; nos dias de outono, quando um pombo cagar na sua cabeça, serei eu, fazendo de tudo pra rir da sua cara, afinal, isso é mais que hábito, é NECESSIDADE! ah ninha, eu te amo."
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
todo dia de hoje,
Postado por ; nessa às 11:14