no submundo,
sob o céu negro, estrelado
carregando o sorriso
que conquista, encanta
sem querer, querendo.
artista por essência
andarilho do asfalto
faz da rua, seu palco
platéia livre, natureza
dança a música da cidade
na melodia do acaso.
carrega o mar em seu nome
e quando o sinal fexa
as portas de abrem:
o seu momento, o show
provoca sorrisos, aplausos...
o oasis, dentre o caos
uma pausa para o sonho
real.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
a-marcelo
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
apaixonar-te
deitadas, abraçadas
entro no seu ritmo
e a cada pulsação
eu me lembro de tudo que antes sonhei
sem imaginar, apenas desejos...
realizar-te
mesmo desacreditando, sempre querendo
nem eu sei o quanto quis, ainda quero
agora é mais que isso
tudo misturado: coisas que não sei dizer
uma paixão tão grande, anônima
que quer ser vivida...
viver-te.
tudo isso parece pouco
porque consigo enchergar que você é tão mais
porque quero que você sinta que eu tenho bem mais
eu não tenho nada, nem somos nada
e o seu não ser, me faz querer-te...
daí seremos o não ser, me seja
dai, teremos o não ter, esteja
sonharemos no mesmo ritmo
abraçadas, deitadas
apaixonando-me, realizando-me, vivendo por
envolver-te.
"sonhei com você e, agora acordada, não consigo definir o que é sonho e o que é realidade nisso tudo."
eu
sequelas.
nesse quarto sem luz,
meu quarto,
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
canções,
É bom que seja assim, Dionísio, que não venhas.
Voz e vento apenas
Das coisas do lá fora
E sozinha supor
Que se estivesses dentro
Essa voz importante e esse vento
Das ramagens de fora
Eu jamais ouviria. Atento
Meu ouvido escutaria
O sumo do teu canto. Que não venhas, Dionísio.
Porque é melhor sonhar tua rudeza
E sorver reconquista a cada noite
Pensando: amanhã sim, virá.
E o tempo de amanhã será riqueza:
A cada noite, eu Ariana, preparando
Aroma e corpo. E o verso a cada noite
Se fazendo de tua sábia ausência.
canção V
Quando Beatriz e Caiana te perguntarem, Dionísio
Se me amas, podes dizer que não. Pouco me importa
ser nada à tua volta, sombra, coisa esgarçada
No entendimento de tua mãe e irmã. A mim me importa,
Dionísio, o que dizes deitado, ao meu ouvido
E o que tu dizes nem pode ser cantado
Porque é palavra de luta e despudor.
E no meu verso se faria injúria
Porque te amo
Deverias ao menos te deter
Um instante
Como as pessoas fazem
Quando vêem a petúnia
Ou a chuva de granizo.
Porque te amo
Deveria a teus olhos parecer
Uma outra Ariana
Não essa que te louva
A cada verso
Mas outra
Reverso de sua própria placidez
Escudo e crueldade a cada gesto.
Porque te amo, Dionísio,
é que me faço assim tão simultânea
Madura, adolescente
E porisso talvez
Te aborreças de mim.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
"sim, desde que eu te vi, eu te quis,
eu quis te raptar, eu fiz um altar pra te receber
como um anjo que caiu lá do céu
e não estava voando, andando distraiu-se..."
anjo de asas súbtas
que não voa, pelo prazer de caminha entre pessoas.
anjo-menino-homem
que se deixa decifrar quando quer
um desenho perfeito e real.
abraçá-lo é mais que tocar seu corpo
a a beleza de sua alma irradia...
prefere a humanidade
pelo prazer de amar,
ensina quase sem querer
que viver pode ser bom...
há lã, suave no toque único de suas mãos
há o brilho que hipnotiza, no seu olhar
há o que nem se dá nome, na sua presença!