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quarta-feira, 22 de abril de 2009

paraparagem

há o silêncio, mas eu não acredito nele. eu faço barulho dentro de mim e, se tento me calar, eu pergunto.
o divertido de você não saber quem sou, é eu poder ser qualquer coisa, embora eu seja qualquer coisa pra qualquer um. acho que não há tanto sentido no que eu disse.
não sei se quero que você me conheça, talvez eu prefira ser descoberta, mas quero falarm desse isto, e quero que você saiba desse meu estar.
gosto de cartas, gosto de escrevê-las, por me descobrir enquanto escrevo sem pensar no que penso. gosto de enviar, mas nem sempre o faço, a verdade é que quase nunca envio as cartas que escrevo, por motivos que não existem, eu simplesmente não o faço. mas acredito que quero. é. eu quero te mandar uma carta, talvez essa. talvez eu a envie.
gostaria. não era isso o que eu queria dizer. prefiro não estar sóbria, enquanto vivo. não pra fugir da realidade, eu não acredito na realidade que se prega. a minha noção das coisas é muito minha, eu acredito no que sinto, apenas. prefiro não ser sóbria, não sou a mesma.
é como se. não é como se, é fato. as pessoas são várias, elas não estão em si. deixa eu tentar expor em coisas escritas: eu estou em você. enquanto você me lê, você me cria. você está em mim. enquanto escrevo, imagino. eu me sou, assim como você me é e eu o sou. nós nos somos. enquanto você me cria, eu me sinto. eu não preciso ser igual, o que você sente é seu, eu sou a sua criação e, criações são únicas. o meu você sou eu.
enquanto o digo qualquer coisa, me digo. talvez eu esteja escrevendo pra mim, é possível. qualquer coisa é.
eu já não estive em mim. prefiro não ser sóbria.
há barulho fora de mim. gosto do som da água caindo na água.
talvez eu não diga mais nada.